Indicadores de SARS-CoV-2 na rede de esgotamento sanitário na cidade de Campina Grande – PB

Abstract

A epidemiologia do esgoto é um método estratégico utilizado há décadas em pesquisas de saneamento e de saúde pública, isso porque a análise das águas residuárias geram informações relevantes sobre a população de uma determinada região, principalmente a respeito da saúde da comunidade. No final de 2019, foi descoberto um novo coronavírus denominado de SARS-CoV-2, o agente causador da doença COVID-19. Diante do cenário pandêmico, foi observado a presença do RNA viral do SARS-CoV-2 na urina e fezes de pacientes infectados, o que justificou a importância de monitorar o SARS-CoV-2 nas águas residuárias de origem doméstica. Nesse contexto, foi realizado o monitoramento do vírus SARS-CoV-2 e verificado o seu potencial de transmissão nos esgotos gerados pelos moradores da cidade de Campina Grande – PB, produzindo informações de maneira dinâmica à população através de uma plataforma online MgeoCov2-CG (https://mgeocov2cg.herokuapp.com/principal), que dispõe gráficos, mapas georreferenciados e tabelas que indicam as regiões que estão mais infectadas pela COVID-19. Para tanto, foram selecionados pontos de coleta de esgoto por bacia de esgotamento sanitário: ETE do Glória (Zona 1), Estação Elevatória número 8 de Bodocongó (Zona 2), ETE Catingueira (Zona 3) o Interceptor Leste (Zona 4). Com base nos casos confirmados de COVID-19 fornecido pela Secretaria de Vigilância Epidemiológica da cidade e nos resultados das análises RT-qPCR das amostras, foi possível identificar que o Interceptor Leste foi o ponto que registrou máximas concentrações do novo coronavírus nos esgotos sanitários. Por se tratar do maior problema de saúde pública do mundo atualmente e o surgimento de novas variantes, é relevante o método de monitoramento do novo coronavírus nos esgotos para o combate a disseminação da doença.