Atividade física no combate à obesidade infantil

Abstract

A falta de atividade física é um fator que contribui negativamente para o desenvolvimento da obesidade infantil. Nesse sentido, os exercícios físicos têm sido sugeridos como tratamentos poderosos para ajudar a prevenir a obesidade, bem como melhorar e evitar doenças relacionados à obesidade em crianças e adolescentes. A atividade física regular é considerada uma prática eficaz para reduzir os fatores de risco relacionados à obesidade e ao desenvolvimento de doenças. Desta forma, este estudo teve como objetivo realizar revisão de literatura acerca da obesidade infantil e como a prática da atividade física em crianças em idade escolar pode beneficiar no combate a essa doença. Para isso, foi realizada uma revisão de literatura orientada a partir da seguinte pergunta: Qual a relação entre a obesidade e os níveis de atividade física em crianças e como a prática de exercícios físicos pode auxiliar a combater a obesidade? Para responder a essa questão, foi realizada uma busca nas bases de dados eletrônicos do Periódico Capes, Scielo, Pubmed. Nas buscas, os seguintes descritores, em língua portuguesa e inglesa, foram considerados: Educação Física; Obesidade; Exercícios Físicos; Obesidade infantil. Foram selecionados 35 artigos para leitura em texto completo. Ao final da leitura, 9 artigos foram eleitos para compor este estudo. Percebeu-se uma preferência no uso do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) para verificar os níveis de atividade física e o cálculo de IMC para examinar os índices de massa corpórea. Diante disso, observou-se que a maioria dos estudos tiveram resultados preocupantes em relação aos níveis de sobrepeso/obesidade, assim como aos níveis de atividade física e sedentarismo. São números alarmantes para o futuro das crianças e adolescentes em idade escolar, uma vez que é a partir da infância que se desenvolvem hábitos saudáveis. Contudo, os resultados da revisão bibliográfica apontam para a necessidade da realização de mais estudos mais estudos que conjuguem o IMC com as dobras cutâneas, isso porque os resultados em crianças e adolescentes, podem apresentar uma falsa obesidade ou normalidade. Além disso, ratifica-se que no que se relaciona ao questionário IPAQ, é interessante que este seja atrelado ao pedômetro e ao acelerômetro, uma vez que aplicado sozinho em crianças e adolescentes pode apresentar resultados divergentes, já que depende muito da memória.