Pensando o papel do professor e dos estudantes nas aulas de geografia no contexto do ensino remoto

Abstract

A análise de como vêm se configurando os papéis dos professores e estudantes no ensino de Geografia de forma remota, a partir da vivência como professor na Escola Cidadã Integral Técnica Monsenhor José da Silva Coutinho, no Município de Esperança – PB foi o recorte temático delimitado para a presente pesquisa, tendo como objetivo geral diagnosticar as suas potencialidades e limitações, a partir da compreensão dos múltiplos fatores que permeiam essa realidade. Como objetivos específicos, busca-se refletir sobre os impactos causados no processo de ensino e aprendizagem, referente a insuficiência dos recursos tecnológicos para a mediação e acompanhamento das aulas remotas, além de instigar a formação de estudantes pesquisadores, capazes de perceber o seu papel no processo de ensino-aprendizagem e a formação ética, cidadã e protagonista. O universo de pesquisa é composto pelas três turmas da 3ª série A, B e C do Ensino Médio Técnico, tendo como técnica de coleta de dados diálogos via plantões pedagógicos coletivos e individualizados, análise de questionários de autoavaliação dos estudantes e da disciplina, aplicados bimestralmente na escola, o que possibilitou a obtenção dos subsídios necessários para diagnosticar as variáveis que conduzem a comprovação ou falseamento do protagonismo de professores e estudantes em meio remoto. O desenvolvimento de pesquisas no âmbito das salas de aula virtuais, híbridas ou presenciais, deve ser uma constante, objetivando subsidiar o trabalho docente, para, não, deixarmos nos desestimular com os variados desafios que se colocam a cada ano letivo e, porque não dizer a cada dia, mês ou bimestre que, de certa forma, desmotivam professores e alunos ao longo de suas trajetórias acadêmicas. Quando professores e estudantes assumem o protagonismo de suas existências, terão, a possibilidade de amenizar as dificuldades ao longo de suas jornadas acadêmicas e da vida pessoal, social e profissional. Portanto, podemos considerar que, a partir dos resultados obtidos ao longo deste trabalho, a pesquisa e a formação protagonista de professores e estudantes, seja no meio remoto, híbrido ou presencial, é um dos vários caminhos a ser percorrido para colocar em prática as transformações necessárias que possam fazer com que ensino se converta em aprendizagem efetiva. Tivemos a oportunidade de através da metodologia da problematização, diagnosticar os diversos pontos passiveis de correção e melhoria, que norteasse possíveis caminhos para efetivar, mesmo num cenário tão desfavorável, a transformação de ensino em aprendizagem, visto que não podemos deixar de destacar que ensino, nem sempre é sinônimo de aprendizagem, principalmente quando levamos em consideração o perfil do estudante do século XXI.