Letramento literário na sala de aula: uma proposta de leitura do conto de autoria feminina a partir da sequência básica

Abstract

O processo de ensino/aprendizagem na atualidade busca contribuir em diversas áreas da vida do estudante, e não apenas no percurso estudantil, mas também, na formação como cidadão que atuará na sociedade, portanto, um dos objetivos do letramento literário é auxiliar o aluno no desenvolvimento de suas habilidades de leitura, e viabilizar um melhor desempenho de sua consciência crítica. Dessa maneira, elaboramos uma proposta de intervenção, através da sequência básica, para abordagem dos contos “Uma Esperança”, de Clarice Lispector; “Entre a espada e a rosa”, de Marina Colasanti e “A menina e a gravata”, de Conceição Evaristo no 9º ano do Ensino Fundamental. Nesse sentido, essa pesquisa, de natureza qualitativa, interpretativa e bibliográfica, tem como objetivo geral investigar como a prática de letramento literário pode contribuir na formação de leitores, bem como perceber a importância desse processo. Para tanto, embasamos o trabalho nos documentos oficiais (1998;2018), nos estudos de Cosson e Souza (2011), Candido (2011), Gregorin Filho (2011), Dalvi (2013), Cosson (2014), Lajolo (2018), dentre outros teóricos. A proposta com o gênero conto se justifica pela estrutura, linguagem literária e temática atual e propícia à recepção do jovem leitor, possibilitando a imaginação, criticidade e reflexão. Constatamos que a abordagem da proposta de intervenção com os contos de autoria de feminina apresenta pontos positivos, a citar, o aluno passa a conhecer textos literários de autoria feminina e o gênero textual conto, desenvolve as habilidades de leitura e escrita, reflete acerca da questão do feminino na sociedade, tornando, portanto, o aluno crítico, reflexivo e sensibilizado através da leitura. Algumas dificuldades também podem ser encontradas ao desenvolver essa proposta, a exemplo de, os alunos sentirem dificuldades na compreensão de alguns termos e expressões presentes nos contos, como também é possível ter aluno que pense que trabalhar questões do feminino seja menos importantes, tornando isso um desafio para o docente, pois ele precisará mostrar para o estudante que se trata de assuntos importantes para a sociedade.