Avaliação do perfil de conhecimento dos periodontistas paraibanos sobre a classificação das doenças e condições periodontais de 2018

Abstract

O desenvolvimento de um sistema de classificação de doenças é importante para possibilitar a categorização delas de forma padronizada, facilitando o estabelecimento do diagnóstico, tratamento e prognóstico pelos clínicos, bem como permitindo que os pesquisadores investiguem a etiologia, a patogênese, a história natural e o tratamento das doenças. No mês de junho de 2018, por meio de um esforço conjunto da Academia Americana de Periodontia e da Federação Européia de Periodontia, foi lançada uma nova classificação das doenças e condições periodontais, que acabou substituindo a até então vigente. Vale salientar, que para essa nova classificação, foram contemplados quase vinte artigos, chegando a aproximadamente trezentas páginas, alinhando ao entendimento que vigora e dentre as alterações, está a de agrupar as formas de doenças, que antes eram definidas como Periodontite Crônica e Periodontite Agressiva, para o tópico, Periodontites, caracterizadas como uma única doença, com diferença no seu estadiamento. Sendo assim, diante dessa atualização, o propósito deste estudo foi avaliar o perfil de conhecimento dos Cirurgiões-Dentistas, especialistas em Periodontia, no estado da Paraíba, sobre a Classificação das Doenças Periodontais de 2018, alcançando 24,4% de respondentes. Esta presente pesquisa do tipo descritivo, analítico e com corte transversal, com abordagem quantitativa, se caracteriza pela análise e a avaliação dos especialistas em periodontia. Dessa forma, foram elaborados formulários eletrônicos (Google Forms), os quais foram organizados em um banco de dados informatizado com o auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (versão 20.0; SPSS Inc., Chicago, IL, USA). A partir disso, a pesquisa demonstrou, que (86,4%) dos periodontistas estão se atualizando em relação às regras da nova classificação, inclusive, a maioria (82,7%) responderam corretamente às questões sobre graus e estágios. Apesar disso, (59%) fazendo esse processo de atualização, uma vez a cada ano, além de que, (31,8%) ainda não aderiram às alterações a sua prática clínica. Portanto, baseado na coleta e investigação dos dados, concluiu-se que a maioria dos periodontistas responderam satisfatoriamente às questões sobre a nova classificação, demonstrando manterem-se atualizados na sua área e com pouca dificuldade em realizar esse processo, entretanto, fazendo-o com baixa frequência.