Estratégias de rastreamento e ações educativas de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis em escolares

Abstract

O amadurecimento sexual é estabelecido, em parte, pela cultura dominante. Nesse sentido, o compartilhamento de conhecimentos e experiências de familiares, responsáveis e escola são de suma importância para os jovens. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são doenças causadas por microrganismos, como vírus, fungos, bactérias e protozoários, veiculados por via sexual quase que exclusivamente sendo considerado um grave problema de saúde pública. Diante desse contexto esse estudo objetivou desenvolver atividades de Educação em Saúde para alunos do Programa Nacional de Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PREEJA) e realizar o rastreamento da Sífilis e do HIV através de teste rápido. Tratou-se de um estudo do tipo observacional, de caráter descritivo, prospectivo e transversal de natureza quantitativa realizado no período de Janeiro a Outubro de 2022, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Nina Alves de Lima, no município de Campina Grande-PB. Foram incluídos no estudo 29 discentes, sendo a faixa etária entre 18-20 anos a mais representativa (55,17%), a maioria era do gênero feminino (62,07%), pertencentes ao ciclo V (44,82%) que correspondia ao 1° e 2º anos do ensino médio, de estado civil solteiro (65,52%), com renda familiar mensal de menos de 1 salário mínimo (37,93%), ou seja, sobreviviam com recursos oriundos de programas do governo federal e 51,72% não desenvolvem nenhuma atividade laboral. Na avaliação das características comportamentais dos discentes observou-se que a maioria manteve seu primeiro contato sexual antes dos 18 anos e 15 (51,72%) revelaram ter usado preservativo. Quando abordado a respeito da continuidade da prevenção 14 (48,27%) comentaram não fazer uso. Quanto ao conhecimento acerca das ISTs/Aids 23 (79,31%) afirmaram conhecer um pouco sobre o assunto, 2 (6,90%) confirmaram em alguma etapa da vida ter testado positivo para Sífilis e Gonorreia, mas realizaram o tratamento e obtiveram cura. Apenas dois casos foram reagentes para Sífilis, sendo encaminhado os dois discentes para realização do exame VDRL. Como resultado dessa experiência destacou-se a importância das ações realizadas pelo farmacêutico, destacando o seu papel social frente a prevenção de doenças.