Symbolic violence in My Story, by Marilyn Monroe: women and agency in Hollywood

Abstract

Apesar de ser apenas um dos muitos rostos da Era de Ouro, Marilyn Monroe permanece sendo uma das figuras mais reconhecíveis da cultura pop e da história. Como a maioria dos famosos, Monroe estrelou múltiplos trabalhos através de inúmeros meios de comunicação. A diferença, contudo, está na quantidade de produções financiadas e, persistindo ao teste do tempo, seu contínuo crescimento. Evidentemente, um de tais meios foi o literário, em que, tanto nos gêneros de ficção e não ficção, muito foi escrito sobre vida do ícone dos anos 50. Por outro lado, a desvantagem desse alcance veio na forma de múltiplas narrativas não confiáveis, senão completamente falsas, que, no final das contas, trouxeram mais malefícios que benefícios. Nessa perspectiva, o presente trabalho procura trazer à luz as próprias palavras de Monroe através da exploração de sua única biografia, intitulada My Story, interpretando suas experiências no geral e como estas podem oferecer olhares acerca de seu lugar como mulher e atriz na década de cinquenta. Seguindo um estudo bibliográfico e abordagem descritiva para guiar nossa pesquisa qualitativa, nós nos fundamentamos no trabalho de Pierre Bourdieu (1998), do qual nós extraímos os conceitos da nossa teoria principal da violência simbólica, assim como os textos de Gilbert e Gubar (1979), Branco e Brandão (1989), Laura Mulvey (1988) e outros autores que contribuíram para o campo dos estudos de gênero. Portanto, fomos capazes de identificar e analisar não só a presença de violência simbólica na vida de Monroe, mas também o comportamento e adaptação desta violência. Tais achados iluminaram e ampliaram nossa perspectiva acerca do alcance de tal violência e seus aspectos que continuam vivendo no inconsciente da nossa atual sociedade.