Gestão da assistência farmacêutica em Farmácia comunitária: Avanços e desafios

Abstract

A farmácia comunitária necessita de processos legais e gerenciais para que se tenha um bom desenvolvimento interno e externo. Desse modo, a gestão é uma etapa imprescindível para essa evolução do estabelecimento farmacêutico, tanto interna, quanto externamente. Portanto, para que a gestão seja bem desenvolvida é preciso algumas especificidades no perfil do gestor, como organização, capacidade de liderança, ter foco no resultado, ética, assim como apresentar alguns atributos característicos como flexibilidade, tolerância, iniciativa, saber falar e saber ouvir, dentre tantas outras funcionalidades do gestor. Além disso, a gestão é uma atividade que funciona em equipe, visto que esta é o resultado de uma gerência. Sendo assim, tais atitudes devem ser pertinentes a todos os envolvidos, inclusive ao farmacêutico que, em conjunto com a gestão deve realizar também a assistência farmacêutica. Partindo disto, este trabalho teve como objetivo conhecer as ações da Assistência Farmacêutica desenvolvidas nas Farmácias Comunitária da cidade de Campina Grande-PB e os avanços e desafios da profissão. Tratou-se de um estudo observacional e transversal com abordagem descritiva. Foram incluídos no estudo 51 empresas e de acordo com as informações obtidas a maioria funciona cumprindo a legislação vigente no Brasil. Além disso, foi constatada a ausência do farmacêutico em apenas duas e grande parte dos profissionais atuam seguindo os critérios e orientações preconizadas pela Assistência Farmacêutica. Os maiores desafios citados pelos farmacêuticos foram enfrentados durante a pandemia da Covid-19. Alguns fatores notadamente ainda precisam ser repensados e reestruturados, como a implantação de consultórios farmacêuticos e a autonomia do profissional frente aos farmacistas. Portanto, para garantir uma gestão mais eficaz do farmacêutico e a farmácia ser reconhecida como estabelecimento de saúde, se faz necessário maior valorização dos empresários para com os farmacêuticos de modo a contratar mais profissional para assim as atividades clínicas existirem em todas as empresas. Muitas vezes a humanização do serviço deixa de acontecer em virtude da gama de atividades administrativas e o farmacêutico se envolve apenas nas atividades mercantis.