Método avançado de multiplicação em exames de uruçu nordestina (Melipona Scutellaris, Latreille, 1811)

Abstract

Atualmente, existem mais de 18.000 espécies de abelhas em todo o mundo, incluindo as abelhas sem ferrão, um grupo que abrange cerca de 300 espécies da família Apidae e da subfamília Meliponinae, com destaque para os gêneros Melipona e Trogina. O Brasil é rico em abelhas sociais nativas, conhecidas como abelhas indígenas sem ferrão ou meliponíneos. A criação de abelhas no bioma da caatinga desempenha um papel extremamente importante em várias áreas, como a polinização. Na caatinga, a vegetação nativa está adaptada a condições de seca e altas temperaturas, e a polinização é essencial para a manutenção da biodiversidade e da produção de alimentos na região. Para conservar e preservar as abelhas nessa região, a divisão ou multiplicação de colmeias é uma prática comum. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é desenvolver um modelo mais eficiente de multiplicação de colônias da Uruçu Nordestina (Melipona scutellaris Latreille, 1811), visando aumentar a quantidade de colônias produzidas em um ano em comparação aos métodos tradicionais adotados pelos produtores. Para alcançar esse objetivo, foram realizadas pesquisas em sites específicos, como Scielo, Google Acadêmico e PubMed, além do conhecimento empírico de produtores. Com base nessas informações, foi proposta uma nova técnica para a multiplicação de colmeias, que descreve todos os processos necessários, utilizando registros fotográficos e tabelas autoexplicativas. Essa abordagem visa fortalecer os enxames e acelerar o processo de multiplicação, trazendo maior rentabilidade para os produtores. Os resultados obtidos mostraram que a utilização do sistema misto intensifica os benefícios causados pelas abelhas. Esse processo fortalece os enxames, tornando-os mais capazes de enfrentar períodos de grandes secas comuns na região da caatinga. Além disso, facilita a multiplicação de novas colônias, alcançando uma taxa superior em relação aos métodos tradicionais. Isso proporciona um aumento no número de famílias e possibilita a expansão da atividade melípona. Além dos benefícios diretos para os meliponicultores, o novo método contribui para a conservação das abelhas, uma vez que incentiva a reprodução dos enxames. Essa abordagem é particularmente relevante, considerando a importância desses polinizadores para a biodiversidade e a manutenção dos ecossistemas.