Percursos de resistências de alunas/os negras/negros do ensino médio da Escola ECI Professor Itan Pereira (Campina Grande-PB) em tempos de pandemia da Covid-19

Abstract

Este estudo investiga percursos de resistências de alunas/os negras e pardas/os do ensino médio da Escola Estadual ECI Professor ITAN PEREIRA (Campina Grande- PB) em tempos de pandemia da Covid 19. Este estudo foi realizado entre os anos 2020-2022, recorte que compreende a pandemia da covid 19 no Brasil. Para a realização do trabalho fizemos uso da metodologia qualitativa, por meio da etnografia, da observação direta, da entrevista com perguntas abertas realizadas pela plataforma Google forms e levantamento em documentos escolares (fichas de matrículas) das/os alunas/os do ensino médio da instituição de ensino escolhida para estudo. Como embasamento teórico o estudo se utilizou dos conceitos de estratégias e táticas na concepção de Michel de Certeau (1994) para analisarmos as estratégias do racismo institucional que segregam os corpos estudantis negros, assim como as táticas das/os alunas/os que resistem de diferentes maneiras às estratégias institucionais que separam de forma desigual os corpos das/os jovens estudantes do ensino médio. Nos pautamos também, no conceito de Racismo Institucional, à luz do filósofo Sílvio Almeida (2018), que compreende este conceito como oriundo da falta de simetria econômica e das prerrogativas internas das instituições.