O desafio da inserção da criança autista na educação infantil

Abstract

Este trabalho tem como objetivo analisar os desafios da inserção de crianças autistas na Educação Infantil. Dessa forma, buscamos compreender os percursos da criança no cotidiano de uma sala de aula da rede municipal na cidade de Queimadas-PB, mostrando o contexto da inclusão e as dificuldades enfrentadas pelos docentes. O trabalho foi elaborado como uma pesquisa qualitativa, com aplicação de entrevista semiestruturada que propiciou entendermos os dados coletados de forma objetiva. O autismo é classificado como um dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), e é descrito como um espectro, pois as características podem ir de leve ao mais severo, podendo inclusive comprometer o desenvolvimento do indivíduo. Apesar de o autismo ter se tornado mais “comum” nos últimos tempos, ainda é um tema que gera muitas dúvidas, não apenas entre as famílias, mas também no cenário educacional. A inclusão é um processo complexo e ainda demorado, apesar da legislação brasileira garantir a toda criança o direito à educação na rede regular de ensino, fazendo-se necessárias adaptações nos currículos das escolas para capacitar os profissionais envolvidos. O aporte teórico ao qual nos fundamentamos traz os documentos legais como principais pontos de pesquisa, bem como Figueiredo (2015), Mantoan (2006), Santos (1999), dentre outros. Tecemos algumas considerações acerca do autismo, como sua definição, um pouco do contexto histórico, e os desafios da educação inclusiva. Destacamos na pesquisa a opinião das professoras com relação a quatro pontos importantes para a educação de crianças autistas: a visão concedida ao autismo; a participação da família no auxílio do trabalho pedagógico; as dificuldades enfrentadas na realização do trabalho docente com os alunos autistas; a inclusão das crianças autistas na Educação Infantil na visão das entrevistadas. Diante das leituras e pesquisas, concluímos que é preciso que a escola tenha o interesse de conhecer e criar novos métodos pedagógicos, para que a criança possa se desenvolver junto ao meio social, bem como uma formação mais aprofundada e adequada para os profissionais que com eles atuam.