O corpo transformado em League of Legends: sensualidade e monstruosidade

Abstract

As narrativas de contos baseadas em jogos online acompanharam o crescimento da inclusão de uma comunidade mais diversa nos veículos de cultura. Atualmente em League of Legends há uma multiplicidade de gêneros e sexualidades representados em suas histórias. Diante disso, esta pesquisa se concentra nas práticas e composições corporais na literatura, em especial para responder à questão: como os corpos LGBTI+ são retratados em League of Legends? Defende-se que as personagens são caracterizadas tanto de maneira monstruosa em razão de suas capacidades de transformação, quanto de maneira sensual em virtude da configuração das partes humanas de seus corpos. À vista disso, o objetivo foi examinar os corpos de personagens transformados presentes em três contos e três biografias do jogo com a intenção de apresentar seus atributos, comportamentos e individualidades. Para isso, analisou-se os campeões Varus de Raça Sombria (MCNEILL, 2017), Neeko de O Monstro do Posto Avançado de Kalduga (DUNN, 2018) e Evelynn de A Margarida Mais Alta (RIOT GAMES, 2017). Trabalhou-se com os conceitos de corpo à luz de Foucault (1976); Judith Butler (1993) e Elizabeth Grosz (2000); de personagem com os estudos de Beth Brait (1993); Antonio Candido (2009) e Regina Dalcastagnè (2005); e monstruosidade segundo Célia Magalhães (2001) e Fernando Silva (2007).