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Título: Avaliação funcional e eletromiográfica do assoalho pélvico de mulheres praticantes de cross training
Autor(es): Rocha, Ivna Santos
Palavras-chave: Assoalho pélvico
Exame físico
Treinamento intervalado de alta intensidade
Data do documento: 27-Jun-2024
Resumo: INTRODUÇÃO: A musculatura do assoalho pélvico (MAP) está relacionada com funções de suporte dos órgãos pélvicos, continência urinária, fecal e função sexual, sendo avaliada quanto a parâmetros como tônus, contratilidade, força, resistência e coordenação. A eletromiografia registra e analisa a atividade elétrica muscular. O Cross Training combina treino aeróbico, levantamento de peso olímpico e ginástica, sendo recentemente estudado quanto à sua associação com disfunções do assoalho pélvico (DAP). OBJETIVOS: Avaliar os parâmetros funcionais e eletromiográficos da MAP de mulheres praticantes de Cross Training. METODOLOGIA: Tratou-se de uma série de casos coletados entre os meses de janeiro e maio de 2024. Envolvendo mulheres praticantes de Cross Training há no mínimo cinco meses, treinando no mínimo de duas vezes semanais e com idade entre 18 e 45 anos. As voluntárias assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), preencheram questionários com dados sociodemográficos, antropométricos, clínicos, Pelvic Floor Distress Inventory (PFDI-20), Pelvic Floor Impact Questionnaire (PFIQ-7) e Female Sexual Function Index (FSFI). Uma única fisioterapeuta treinada e especializada na área de fisioterapia pélvica realizou o exame físico das participantes através da palpação unidigital intracavitária vaginal, utilizando as escalas New Perfect e Oxford Modificada para avaliar os parâmetros funcionais. A eletromiografia de superfície foi realizada coletando as contrações voluntárias máximas (CVM) e o relaxamento da MAP das participantes, com três repetições de 5 segundos de contração sustentada seguida de um relaxamento de 10 segundos. Todos os dados foram armazenados e processados no Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS, versão 20.0). RESULTADOS: A amostra incluiu 10 mulheres praticantes de Cross Training, divididas em dois grupos: um com incontinência urinária (IU) (n=7) e outro sem incontinência urinária (n=3). Entre as participantes com IU, 57% relataram o início da perda após começar o Cross Training, principalmente durante o exercício de pular corda. A IU teve um impacto negativo significativo na qualidade de vida, conforme evidenciado pelo PFIQ-7 (p=0,012). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos questionários PFDI-20 e FSFI. Mulheres com IU apresentaram taxas mais altas de ausência dos reflexos clitoriano (28,6%), cutâneo-anal (57,1%) e de tosse (57,1%) em comparação com o grupo sem IU. Na avaliação eletromiográfica de superfície, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. CONCLUSÃO: No exame físico, foi observada uma tendência ao comprometimento do arco reflexo nervoso do assoalho pélvico em mulheres com IU, associado à perda de urina durante o Cross Training devido à resposta deficiente do assoalho pélvico ao aumento repentino da pressão intra-abdominal.
Descrição: ROCHA, Ivna Santos. Avaliação funcional e eletromiográfica do assoalho pélvico de mulheres praticantes de cross training. 2024. 22 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/32495
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