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Título: “Ser” agricultor: identidades em depoimentos orais de assentados do MST
Autor(es): Luna, Ana Elizabeth Araújo
Palavras-chave: Identidade
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Psicologia
Data do documento: 1-Out-2012
Resumo: O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) resulta de um longo processo de lutas entre trabalhadores e latifundiários. Por isso, implica numa identidade sócio-histórica construída a partir das lutas camponesas. Levando em consideração a inserção das pessoas no MST em prol da luta pela terra, este trabalho surgiu na tentativa de compreender o que é ser agricultor para eles. Para tanto, objetiva-se analisar as posições identitárias de moradores do assentamento “Pequeno Richard” (Catolè de Boa Vista-PB), construídas em depoimentos orais sobre o que é ser agricultor. Objetiva-se também, analisar as posições identitárias construídas a partir dos relatos sobre o que é a terra, o que é o trabalho na terra e o que motivou a luta pela terra. A identidade é concebida como resultante da dialética que se constrói nas relações entre o sujeito e o contexto social, e, assim, o sujeito se transforma juntamente com as transformações que realiza na sociedade. Como recursos metodológicos foram utilizados a Observação Participante e a História Oral. Foram obtidos 20 (vinte) depoimentos orais – 10 (dez) do sexo masculino e 10 (dez) do sexo feminino, com idade variando entre 23 e 82 anos –, analisados a partir do método hermenêutico-dialético. De um modo geral, os assentados constroem posições identitárias que estão diretamente relacionadas ao trabalho na terra. Um trabalho que dá prazer e que garante a subsistência da família. A luta pela terra foi motivada pelo desejo de ter terra para trabalhar, e, assim, garantir uma vida digna no campo. Quanto ao que è “ser sem terra”, os assentados não apresentam uma visão desse termo vinculada ao sentido político dado pelo Movimento, relacionando-o à situação concreta de não possuir terra e à marginalização social. No tocante ao que é o MST, os assentados não demonstraram uma identificação com o Movimento, parecem não se sentirem inseridos nele. Muitos não concordam com as intervenções do Movimento no assentamento e, para outros ainda, o Movimento é um desconhecido. As posições identitárias construídas nos relatos apontam para a ideia de que o trabalho na terra é um ofício, a terra é tudo, e garante liberdade, autonomia e qualidade de vida.
Descrição: LUNA, A. E. A. “Ser” agricultor: identidades em depoimentos orais de assentados do MST. 2011. 76f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/337
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