O lúdico e sua representação sócio-familiar na educação infantil

Abstract

Foram vários, os caminhos percorridos ao longo dos anos, na construção da garantia e consolidação do direito à educação em particular, o da Educação Infantil. Em nosso país diferentemente dos modelos Europeus, estes só foram adquiridos constitucionalmente em 1988, pois, até então, a educação infantil era vista pelos nossos legisladores de maneira assistencial, não havia à preocupação em educar e sim apenas o cuidar. A partir da construção da Carta Magna, várias outras leis e documentos foram criados na garantia de direitos educacionais para as crianças, como também responsabilizando tanto o Estado para o fornecimento de vagas em instituições apropriadas para essa faixa etária, quanto à família para seu papel social de educar. Esta instituição com o passar dos anos vem perdendo seu caráter de solidez, frentes às adversidades dos conflitos existentes na atual sociedade, resultando na disseminação dos problemas sociais como: desemprego; o alcoolismo; o uso de drogas e marginalização. Acabam influenciando no comportamento das crianças, pois costumam internalizar, o que veem e o que sentem e posteriormente externalizam no ambiente educacional, vindo a comprometer seu desenvolvimento físico e psíquico, fomentando na criação de indivíduos violentos no ambiente educacional, torna-se um grande desafio a ser enfrentado pelo sistema educacional, pois às crianças expõe aquilo o que vivenciam em seus lares, através de brincadeiras no ambiente escolar. Portanto, o presente trabalho monográfico partiu das observações ainda durante o período de estágio supervisionado III e IV, os quais se referem à educação infantil, onde observamos que algumas crianças traziam para escola os problemas já citados, reproduziam este ambiente em suas brincadeiras, gerando assim as reações de agressividade entre seus pares e com as professoras. Nesta perspectiva, realizou-se uma pesquisa, cujo objetivo é verificar o olhar das mesmas, quando o lúdico passa representar os papeis sócio-familiares na Educação Infantil. O lócus da pesquisa foi uma instituição de Educação Infantil da rede estadual de educação, localizada no bairro de São José – Campina Grande – PB. Onde os sujeitos alvo dessa pesquisa foram cinco professoras da pré-escola, pois, entendermos que as professoras por estarem constantemente com as crianças seriam as primeiras a reconhecerem os sinais da representação. A metodologia utilizada para coleta de dados contou com entrevista semiestruturadas e registro (de observação) em diário de campo. Para fundamentação e análise dos dados, contamos com o aporte teórico de Àrier (1981), Kramer (2000, 2006), Saviani (2011), Vygotsky (1984, 1998, 2007), Mioto (1997), Wajskop (2007), Scoz (1994), Rizzini & Pilotti (2011), Rocha (2000), Luckesi (1994), Kishimoto (1997, 2002), dentre outros.