El indigenismo como problema en "Iracema" de José de Alencar y en "Raza de Bronce" de Alcides Arguedas

Abstract

Neste artigo, procuramos fazer algumas considerações comparativas a cerca da obra Iracema de José Martiniano de Alencar e Raza de Bronce de Alcides Arguedas. No primeiro momento falaremos do contexto histórico, onde se localizam as obras, falaremos também da vida e obra dos autores, e das obras que serão analisadas. Seguiremos fazendo uma leitura analítica das características literárias esclarecidas dos índios bolivianos e brasileiros, suas características mais acentuadas e como os autores trabalham o tema do índio em suas obras, conectando comentários recorrentes dessas características, para fazer nossas análises nos apoiamos em alguns escritos, como Sanjinés (1986), Francovich (1956) e Borello (1985) que trataram das condições sociais que viviam os indígenas do contexto do livro Raza de Bronce, em Iracema contamos com as contribuições de Silvano Santiago (2002) e Freixieiro (1977) que expõem a posição que ocupou José de Alencar na sociedade e suas relevantes contribuições para a sociedade brasileira e na literatura nacional com a formação da identidade desse povo. Contamos também com Martins (2005) que serviu de base para descrever a natureza pela beleza das paisagens que envolvia e era cenário da vida dos personagens e de seu contexto. Ao final deste trabalho e apoiado nos textos dos autores citados acima vemos que nos valeram para refletir acerca das condições, dos sofrimentos e da destruição dos índios retratados por Alcides Arguedas, devido à ganância dos patrões, e é um relato sombrio, que dá ao leitor verdadeiro sentimento de angustia quando contempla o martírio da escravizada “raça de bronze”. O mesmo aconteceu em José de Alencar que, a pesar de ver a questão indígena por outras vias, que como ele mesmo afirmou, seus romances se encaixam no projeto de descrição global do Brasil.