Uso de textos literários clássicos como herramienta estimuladora de prácticas de lectura

Abstract

Partimos de duas questões centrais do ensino de línguas no Brasil: a dificuldade dos professores de língua estrangeira para ver e trabalhar com a relação língua-literatura e os alunos que passam pouco tempo lendo e os professores se perguntando como motivá-los. Além de dois problemas específicos: a provável dificuldade que ler um texto literário em língua estrangeira oferece e o problema de encontrar livros no Brasil na língua estrangeira estudada. Entendemos, a partir dessas questões, que a linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nossa vida cotidiana, ou seja, é impossível se comunicar verbalmente, a não ser através de algum gênero e algum texto. Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos, comunicando-nos por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas. Pensando assim, o nosso trabalho tem como objetivo principal descrever a provável contribuição da leitura de Dom Quixote de la Mancha, resultante da aplicação de uma sequência didática através de um Café Literário, desenvolvida com alunos do segundo ano do ensino médio da rede pública da cidade de Cuité, para a formação de leitores competentes. E, também o ensino-aprendizagem do gênero textual artigo de opinião para a formação de escritores competentes, porque a formação da cidadania, agora defendida por novas abordagens pedagógicas, especialmente do PCN, envolve indivíduos que conhecem a posição crítica em várias situações comunicativas. Este estudo teve como fundamento teórico as contribuições de Nascimento & Trouche (2008), com suas considerações sobre literatura e ensino, Calvino (1993) e Nunes (1999), com as ideias sobre o uso de textos literários clássicos e Marcuschi (2002), com suas considerações sobre gêneros discursivos. Pretendemos com essa pesquisa a partir das necessidades e dos desafios do cotidiano da escola e da sala de aula, contribuir e estimular alunos e professores, proporcionando práticas constantes de leitura, domínio de uma diversidade gêneros discursivos, de modo que o aluno possa ser despertado para a leitura.