Idosos residentes em cidades rurais: Análise das vulnerabilidades ao HIV/AIDS

Abstract

Este estudo teve por objetivo analisar as vulnerabilidades ao HIV/Aids de pessoas idosas, residentes em cidades rurais da macrorregião de Campina Grande-PB.Participaram 74 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos. Utilizou-se como instrumento um questionário que continha sessão referente a questões sociodemográficas e outra sessão com temas referentes às praticas sexuais e vulnerabilidade, bem como sobre crenças acerca da Aids em pessoas idosas. Destaca-se na sessão sociodemográfica, a maior parte dos participantes composta por mulheres, com baixa escolaridade e renda entre um e dois salários mínimos, tendo como profissão a de agricultor. No que concerne as práticas sexuais, a maioria não faz uso de preservativo, nem realizou teste de HIV durante a vida. Os idosos possuem uma baixa média de preocupação em contrair a doença, e não apresentam preocupação acerca da possibilidade de risco.As crenças que apresentaram maior concordância entre os participantes foram, respectivamente, as que versaram sobre a necessidade de campanhas sobre Aids para pessoas idosas, que os idosos podem pegar AIDS através do sexo eque o médico deveria sempre solicitar exame de Aids. No tocante às variáveis com maior frequência de discordância, verificou-se que os idosos discordaram, respectivamente, da crença de que a Aids em pessoas idosas é como outra doença qualquer, que o idoso não tem mais relação sexual, bem como discordam da afirmativa de que o idoso se previne da Aids. Os resultados encontrados apontam para a indissociabilidade dos aspectos individuais, sociais e programáticos da vulnerabilidade das pessoas e coletividades ao adoecimento, particularmente no contexto de idosos residentes em cidades rurais.