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Título: Amor e morte: uma leitura da pulsão em “o perfume”, de Patrick Süskind
Autor(es): Araujo, Francisca Andréa Minô de
Palavras-chave: Análise literária
Emoção
Personalidade
Narrativa
Data do documento: 17-Jun-2019
Resumo: O presente trabalho é uma análise literária e psicanalítica de cunho bibliográfico, acerca da personalidade do protagonista Jean-Baptiste Grenouille, da obra O perfume ([1985] 2010) de Patrick Süskind. Grenouille é um jovem nascido em Paris, no século XVIII, sob as piores circunstâncias possíveis, dado como morto por sua própria mãe e jogado em meio aos peixes do mercado público. Tem um olfato aguçado e um talento para a perfumaria, porém não tem odor próprio, como qualquer ser humano. Neste artigo, analisaremos seus conflitos com o meio social e consigo próprio, tomando como ponto de partida o objeto de desejo que move o personagem, um perfume, que tem como base os odores de jovens mulheres, cujas características em comum resultam numa espécie de aura personalística sublime, elemento fundamental e insubstituível para a receita do perfume reputado por Grenouille como perfeito. No afã de conseguir essa essência, Grenouille mata tais mulheres. Porém, o que ele busca de fato é a) a personalidade que falta em si, um “odor próprio” diferenciador, do qual ficou privado pela ausência das primeiras experiências afetivo-sensoriais oriundas do contato físico com a mãe após o nascimento, fato que redundou numa espiral de rejeição e abandono pela vida afora; e b) o controle sobre as emoções dos outros em relação a si, evitando a rejeição, a indiferença e o abandono e, ao mesmo tempo, vingando-se não só da sociedade que o despreza, mas da mãe que o destina ao lixo, logo ao nascer. Dessa forma, Grenouille apresenta-se como fundamentalmente carente e adoecido em sua afetividade, traços que se revelam no conflito entre desejar a sublimidade e, ao mesmo tempo, afogar-se na abjeção, maravilhado de sua conquista – o odor perfeito, controlador da natureza humana – e, paradoxalmente, horrorizado e enojado de si mesmo, pelo abismo de perversão em que mergulhou. Para examinar esses aspectos, tomamos como base os conceitos freudianos de pulsão, repressão, instintos, ideal do ego e sublimação.
Descrição: Prof. Dra. Rosângela Maria Soares de Queiroz
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/21074
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