Regionalismo geográfico sob uma perspectiva direcionada ao preconceito presente na sociedade: qual a importância de tratar do tema nas escolas?

Abstract

O presente artigo objetiva aprofundar os estudos sobre o regionalismo geográfico, visionando discutir os principais pontos de sua influência na sociedade. A partir disso, buscou-se discutir a importância de se observar e trabalhar o regionalismo com crianças no intuito de contribuir para a construção de uma sociedade que respeite as diferenças regionais. Ainda, pretendeu-se discutir o papel da escola e do professor no dever de firmar não só o conhecimento histórico e o acontecimento discursivo sobre o assunto, mas também de observar de fato o quanto influenciamos as crianças até mesmo o seu modo de falar. De modo geral, existe uma importância fundamental no papel da escola diante dessa evolução, tendo em vista que a mesma faz parte da vida e do desenvolvimento destas crianças. Neste sentido, a pesquisa parte de um estudo bibliográfico a partir das publicações de autores da área, tais como Smith(1988), Thrift (1996), Bagno (1999), Libâneo (2007), Silva (2012) e também de um estudo de caso feito com crianças do terceiro ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede particular de ensino localizada no município de Fagundes (PB). Desta forma, o estudo se configura como uma pesquisa de base exploratória. A coleta de dados se deu através de vídeos em que crianças são estimuladas a ler frases específicas que nos fazem perceber a presença de sotaque na fala das mesmas o que nos fez refletir como o regionalismo está presente em nossa sociedade desde o nosso desenvolvimento enquanto ser humano, a partir da infância. Logo após, foi feita uma coleta de imagens na internet que retratam comentários que explicitam o preconceito enraizado existente quando se trata de regionalismo geográfico. Observa-se que, de modo geral, a reflexão sobre o tema faz-se necessário tendo em vista que o preconceito é algo comprovado em nossa sociedade, o qual precisa ser trabalhado desde a infância, a fim de que a criança cresça com a maturidade necessária para respeitar essas diferenças.