Una conexión de carne y alma en La Mujer Habitada, de Gioconda Belli

Abstract

O objetivo deste trabalho é analisar e interpretar o romance La mujer habita (2001), a partir de aspectos que constituem a narrativa, a fim de refletir sobre a literatura de autoria feminina através da obra de Gioconda Belli, a forma como aborda a questão ancestral entre duas mulheres em âmbitos diferentes da sociedade. Vamos também evidenciar o ponto de vista duas personagens femininas Itzá e Lavinia, de uma perspectiva histórica a primeira Itzá, com vestígios da colonização espanhola da Nicarágua, uma mulher indígena que reencarna em uma árvore, e a segunda é a personagem Lavínia, que traz o ponto de vista da mulher militante na ditadura do Grande General da cidade fictícia Paguas, faremos uma discussão comparativa sobre as duas personagens que representam a luta das mulheres em dois tempos históricos diferentes, numa visão de ligação de carne e alma: Na colonização da América e na ditadura do século XX. Refletiremos sobre o tema em relação à cultura do povo indígena e a ligação das duas personagens femininas. Com um quadro teórico baseado nas escritas de Carseléia Gracioli (2008), Claudia de Lima Codta (2020), Ivannia Barboza Leitón (2005), Julieta Paredes (2019), Ribeiro (2020). A Leitura desta obra permitiu-me compreender sobre questões históricas e como elementos mágicos da literatura podem explicar uma cultura diferente e demonstrar esta ligação entre o mundo real e a ficção, o romance revive tempos de revolução na sociedade, revelando na narrativa personagens femininas significativas para construção da história que nos prende, e é por isso que escolhi este romance, Belli traz uma literatura com um destaque feminino e um dos temas que me chamou a atenção é o elemento do realismo mágico, refiro-me à protagonista, Lavinia, que é “habitada” por Itzá e como acontece o processo da sua ligação, através deste acontecimento a narrativa dirige os nossos olhares, sem esquecer que a trama apresenta duas abordagens narrativas, uma delas é a mulher indígena como narradora e que tem o poder de observar a protagonista e também de contar a sua própria história. Gioconda traz a representação das mulheres, a cultura, as lutas e o amor que nos abraça no fascínio.