Sobre a dedução metafísica, em Kant: da tábua dos juízos à tábua das categorias

Abstract

Este trabalho tem como objetivo examinar a Dedução Metafísica das Categorias, verificar sua importância para o projeto kantiano de uma lógica que se arvora a conhecer e legitimar as categorias do entendimento. No prefácio da 1ª edição, Kant expõe o problema da impossibilidade da Metafísica como ciência. Na Introdução da edição B da Crítica da Razão Pura(doravante CRP), ele faz distinção dos diferentes tipos de conhecimentos que têm sua fonte no intelecto e na experiência. Também apresenta os juízos analíticos, os sintéticos e os sintéticos a priori. Na segunda parte da CRP, ele apresenta divisão da Lógica, que consiste em Lógica Geral e suas subdivisões ( Pura e Aplicada, e Analítica e Dialética ), Lógica Particular, e Lógica Transcendental e suas subdivisões (Analítica Transcendental e Dialética Transcendental). A Analítica Transcendental trata com exclusividade sobre a faculdade do entendimento e se divide em Analítica dos Conceitos e Analítica dos Princípios. É na Analítica dos Conceitos que se situam a Dedução Metafísica e a Dedução Transcendental. Na Dedução Metafísica Kant trata detalhadamente sobre os juízos e faz correções à lógica aristotélica e de sua época, e apresenta sua Tábua de juízos da qual vai derivar a Tábua das Categorias, que são conceitos puros do entendimento.