Representations of marriage and madness in The yellow wall-paper (1998) by Charlotte Perkins Gilman and The vegetarian (2015) by Han Kang

Abstract

As representações sociais referem-se ao conhecimento socialmente construído e compartilhado que se molda de formas diferentes na mente de cada ser humano e fomenta a criação de grupos sociais como opiniões e ideologias semelhantes. Dessa forma, mesmo uma obra literária se encontrando num plano fictício, esta é criada a partir da forma como o autor percebe ou quis representar o mundo, assim podendo apontar para aspectos sociais de uma cultura ou sociedade. Portanto, este trabalho teve como objetivo analisar as representações de casamento e loucura em A Vegetariana (2015) de Han Kang e O Papel de Parede Amarelo (1998) de Charlotte Perkins Gilman; ao mesmo tempo que, pretendeu examinar como as hierarquias de gênero dentro do casamento e das famílias são retratadas em ambas as obras e discutir como os papéis subordinados que ambos os personagens desempenham dentro de suas famílias e casamentos contribuem para a degradação de suas identidades e estados mentais. Portanto, esta pesquisa foi fundada nas ideias de Beauvoir (1956), Ferguson (1991), Sechiyama (2013) e Souza (2020). Ademais, identificou semelhanças nos papéis submissos das personagens em seus casamentos e família, nas manifestações de controle masculina e nos resultados da opressão sofrida por elas, como seu estado de insanidade e dissociação da identidade humana, o que acaba por lhes trazer conforto, pois assim elas conseguem escapar de sua condição humana.