Ensino de língua portuguesa: perspectivas e contradições com o trabalho com o gênero textual redação

Abstract

Este trabalho intitulado O Ensino de Língua Portuguesa: perspectivas e contradições no trabalho com o gênero textual dissertativo-argumentativo tem como objetivo analisar a abordagem do gênero dissertativo-argumentativo nas aulas de redação e a produção textual de alunos do terceiro ano do ensino médio em uma escola pública da cidade de Jericó. De natureza quantitativa, o estudo foi conduzido por meio de observações de aulões de redação durante duas semanas e pela coleta de três produções textuais de cada aluno, proporcionando uma visão prática e contextualizada do ensino desse gênero. A fundamentação teórica baseou-se em autores como Antunes (2003), Brandão e Leal (2007), Koch (2006), Marcuschi (2008), Geraldi (1997) e Travaglia (2009, 2018), que discutem as dificuldades no ensino de Língua Portuguesa, com foco nas questões de leitura, escrita e no desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos. Os resultados revelaram desafios significativos nas produções textuais dos alunos, como a falta de coesão, coerência e clareza, além da escassez de conectivos e dificuldades de argumentação. Também foi observada a ausência de propostas de intervenção ou menção a órgãos responsáveis nas conclusões dos textos. Essas dificuldades destacam a necessidade de uma abordagem pedagógica mais integrada, que promova a prática de leitura e escrita, e utilize estratégias didáticas que incentivem o desenvolvimento do pensamento crítico e da habilidade argumentativa. O estudo sugere que é necessário aprimorar o ensino de redação para formar alunos mais competentes e críticos na produção escrita.