A ideologia do consumo e a invisibilidade da crise climática sob a ótica da teoria crítica

Abstract

Este trabalho analisa a relação entre consumo, degradação ambiental e estruturas de poder globais sob uma perspectiva crítica, a partir das contribuições da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, do pensamento decolonial de Walter Mignolo e das reflexões de Ailton Krenak. O consumo é tratado como uma ideologia que mascara desigualdades, aliena subjetividades e sustenta o sistema capitalista, contribuindo diretamente para o agravamento das crises ambientais. A pesquisa enfatiza a ODS 12 da Agenda 2030 da ONU, que propõe padrões de consumo e produção sustentáveis, mas que muitas vezes é capturada por discursos simbólicos que não rompem com a lógica estrutural do capitalismo. Utilizando uma abordagem qualitativa e interdisciplinar, o trabalho argumenta que é necessário repensar os fundamentos da civilização moderna e incorporar visões alternativas, como as cosmologias indígenas, para promover uma transição verdadeiramente sustentável e justa. A crítica ao progresso como sinônimo de desenvolvimento reforça a urgência de ações concretas e coletivas frente à crise climática global.