Enunciation, Diegesis and Drama in "The Crucible", by Arthur Miller

Abstract

The Crucible (As Bruxas de Salém), peça de Arthur Miller, escrita em 1952, é mais conhecida como uma metáfora pela qual a paranoia anticomunista, vivida nos Estados Unidos daquela época, é associada à caça às bruxas ocorrida na comunidade puritana de Salém, em Massachusetts, no final do século XVII. O enredo é desenvolvido na medida em que a histeria de um grupo de garotas ecoa as instabilidades individuais de todo o vilarejo, o que leva ao colapso de toda sua estrutura social. Apesar da marcante presença de todo o conteúdo histórico e ideológico desta obra, o intuito de nosso trabalho se concentra nos aspectos formais do texto, levando em conta alguns conceitos da teoria do drama, especialmente a relação entre os elementos diegéticos/épicos, e miméticos/dramáticos que podem nela ser encontrados. Outra importante característicaa ser destacada, relacionada aos conceitos acima, é a natureza do drama como a representação de um fato no tempo presente, de acordo com a discussão realizada em Teoria do Drama Moderno, de Peter Szondi. Como resultado da análise, espera-se que tais características possam assinalar certos recursos estéticos e conceituais que permeiam a composição da obra.