As crenças dos professores de língua portuguesa em relação ao aluno surdo

Abstract

Os indivíduos Surdos durante todo processo histórico foram tratados como deficiente, "coitadinhos" e até incapazes de aprender. Esse tratamento acabou por consolidar crenças e valores sobre esses indivíduos e sobre a LIBRAS. Desse modo, o presente trabalho propõe uma análise e discussão sobre as possíveis crenças de professores graduados em Licenciatura Plena em Letras acerca dos alunos surdos. A pesquisa justifica-se como uma maneira de compreender as crenças dos professores para com os alunos surdos e o que elas refletem a respeito da criação e efetivação de uma educação de qualidade para esses alunos e que essa atenda a suas necessidades e particularidades. Mostrando ainda a importância de reformular a percepção e as crenças que se têm sobre a surdez e o indivíduo surdo. A respeito da metodologia utilizada, trata-se de uma pesquisa de campo – já que coletamos através de entrevista as crenças dos professores; e bibliográfica, que inclui publicações como obras, artigos acadêmicos e dissertações. No que se refere a fundamentação teórica o referido trabalho teve como base autores como Arruda (2012), Gesser (2012) e Lima (2010) dentre outros. Percebemos que as concepções que se têm podem direcionar ações e reflexões no exercício de ensinar de cada professor, nos recursos disponíveis e nos procedimentos empregados considerando que as diversas posições metodológicas e as compreensões que poderão vir a permear a prática docente do professor de Língua Portuguesa, assim como de sua formação acadêmica e também poderão ser obstáculos no processo de ensino-aprendizagem, pois se há a concepção de que os surdos são incapazes de se desenvolverem, isso acaba por comprometer negativamente o processo. E que há uma grande necessidade de se utilizar a LIBRAS na rede regular de ensino e dos problemas com os quais nos deparamos no processo de inclusão do aluno surdo nesta rede, tais como, a carência de conscientizar a sociedade de modo geral.