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A Displasia Broncopulmonar (DBP) é uma doença pulmonar crônica que acomete neonatos que permanecem dependentes de oxigênio suplementar por tempo prolongado, sendo caracterizada como a maior complicação nos prematuros. O fisioterapeuta pode intervir na evolução da doença de maneira profilática, minimizando o risco de lesões e agravamento do quadro. O objetivo deste estudo foi analisar, comparativamente, os efeitos da fisioterapia respiratória em RNs/lactentes com DBP antes e após a inserção da fisioterapia 24 horas em uma UTI Neonatal (UTIN). A pesquisa é do tipo descritiva, retrospectiva, quantitativa e documental. A amostra foi composta por 46 prontuários de recém-nascidos/lactentes com quadro indicativo ou sugestivo de DBP, divididos, igualmente, em dois grupos: GI (RN/lactentes atendidos antes da implantação da fisioterapia 24 horas) e GII (após esta implantação). Os grupos se mostraram homogêneos em relação ao uso do corticoide, surfactante e complicações clínicas, porém apresentaram diferenças quanto ao sexo, idade gestacional e peso ao nascer, o que caracterizou o GII como sendo de maior gravidade, pois apresentou, em sua maioria, RN do sexo masculino (56,52%), pré termo de moderado à gravíssimo (52,28%), com baixo à extremo baixo peso (78,27%). Comparativamente, não houve diferença estatisticamente significativa quanto ao tempo de VMI (p = 0,880) e de internação hospitalar (p = 0,3115) entre os grupos analisados, porém quanto à evolução do quadro, o GII apresentou menor número de óbitos, sendo possível inferir que a presença do profissional Fisioterapeuta em tempo integral na UTIN, favorece a uma melhor assistência ventilatória, implicando em melhora da sobrevida de RNs com DBP. |
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