Utilização da Robótica Educacional como alternativa instigadora para o ensino de Física no ensino médio inovador

Abstract

Este trabalho monográfico foi forjado na minha experiência pedagógica em torno do Ensino de Física, como professor em escola pública, na cidade de Ibiara-PB. Antes da era tecnológica, por volta dos anos 90, alunos e professores tinham poucos instrumentos para a prática de ensino e aprendizagem. Grande parte das nossas escolas não ofereciam boas condições de trabalho para seus professores. Os alunos só tinham seus livros, os quais muitos deles nem este recurso primário estava à sua disposição, o que tornava para muitos desestimulante, ensinar e aprender, tendo apenas como recursos a lousa e o giz. Dessa forma, o aluno tinha apenas uma visão abstrata dos conteúdos, principalmente em relação às disciplinas que necessitam da experimentação para a comprovação de suas teorias, a exemplo, da Física. Atualmente percebe-se, em algumas escolas, que a situação já se mostra bem diferente. As condições de trabalho junto aos alunos mudaram. As escolas estão mais bem estruturadas, quadras para a prática de esportes, melhores salas de aula e o mais importante, as opções didáticas não são mais apenas a lousa e o giz. A implantação de recursos tecnológicos, como: TV, data show e internet, trouxe o mundo para a sala de aula e a construção de laboratórios renovou a relação do Ensino das Ciências com a sua essência, a experimentação. Hoje, o professor tem suporte para promover um ensino de qualidade. O Governo Federal instituiu pela Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009, o Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), que tem como finalidade realizar uma reestruturação dos currículos do Ensino Médio brasileiro. Este programa objetiva dar apoio e fortalecer cada vez mais as ideias inovadoras que possam auxiliar no melhor desenvolvimento das escolas quanto ao ensino-aprendizagem de seus alunos. Em 2015, o Governo do Estado da Paraíba investiu cerca de R$16.950.000,00(dezesseis milhões, novecentos e cinquenta mil reais) na compra de Laboratórios de Robótica para 100 escolas de Ensino Médio, com a intenção de dar mais suporte aos professores da área de Ciências Exatas, Ciências da Natureza e Matemática. Esta pesquisa tem como objetivo mostrar como a Robótica Educacional pode ou não auxiliar no ensino-aprendizagem dos alunos em relação ao Ensino de Física, e ainda apontar quais as vantagens e desvantagens oferecidas por essa nova ferramenta de estudo, o Laboratório de Robótica. Um projeto de ensino inovador na escola não tem fim. A cada momento surgem novos equipamentos e ideias que trazem uma maior motivação para a aprendizagem. A pesquisa, caracterizada como experimental e de campo, foi desenvolvida em quatro etapas: aplicação de questionário para colher informações sobre o perfil do aluno e sobre seu ponto de vista em relação ao uso da Robótica nas aulas de Física; aulas teóricas; montagem dos experimentos e aplicação de um segundo questionário para avaliar o rendimento dos alunos participantes da pesquisa. Participaram da pesquisa alunos da 1ª série do Ensino Médio, que, conforme os resultados da pesquisa, mostraram um melhor rendimento em relação a compreensão dos conteúdos aplicados durante o estudo, isso após a utilização da Robótica nas aulas de Física.