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As discussões realizadas no ensino de história, certamente, procuram entender o espaço educacional e suas conexões com o espaço social. Diante de tal proposição, o presente trabalho busca estabelecer os vínculos entre uma sociedade cada vez mais reconhecida pela sua pluralidade e, consequentemente, a dificuldade do Exame Nacional do Ensino Médio em estimular tal característica. Portanto, o nosso objetivo geral é analisar como o ENEM dificulta as abordagens acerca do ensino de história local e regional, a partir de uma observação das políticas curriculares organizadas a partir dos nos 1990, problematizando a questão do silenciamento das identidades locais e regionais a partir do Ensino Médio. Foram utilizados como aporte teórico as contribuições de (ABUD, 2007) no que toca ao ensino de história praticado durante a ditadura militar de 1964, (FONSECA, 2007) com uma análise sobre a docência praticada no século XXI e suas implicações sociais, (HALL, 2002) que versa sobre as construções identitárias no contexto da pós-modernidade, (PAIM, 2007) e suas considerações acerca do ensino de história local e regional no Ensino Médio, (MICELI, 2004) sobre o ensino de história e a problemática da cidadania social, (SANTOS, 2011) e sua análise sobre a instauração do ENEM no Brasil e (SOARES, 2012) que discute sobre o currículo prescrito e o praticado nas escolas públicas do Brasil. A metodologia utilizada para a realização das análises se deu através de procedimentos bibliográficos inseridos qualitativamente e quantitativamente em uma pesquisa documental. Foram utilizadas como fontes principais os cadernos de questões do ENEM entre os anos de 2009 e 2014, além dos relatórios anuais do exame elaborados pelo governo federal durante o mesmo recorte temporal. A partir de tal configuração pretendemos discutir e problematizar o ENEM enquanto mecanismo de seleção para o Ensino Superior no Brasil e suas deficiências em incluir o localismo e regionalismo nas suas questões. |
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