Avaliação do perfil lipídico em usuários da Estratégia Saúde da Família

Abstract

Dislipidemias são modificações no metabolismo dos lipídeos que desencadeiam alterações nas concentrações das lipoproteínas plasmáticas, favorecendo o desenvolvimento de doenças crônico degenerativas. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo caracterizar usuários da Estratégia Saúde da Família quanto à presença de dislipidemias e uso de estatinas, associado a variáveis demográficas. Foi realizado um estudo do tipo longitudinal, documental e analítico com abordagem quantitativa e descritiva e aconteceu no período de fevereiro a maio de 2016, em duas Estratégias Saúde da Família, no distrito de Galante em Campina Grande-PB. O uso de estatinas, bem como as variáveis demográficas (gênero, faixa etária), foram obtidas por questionário. A definição da presença ou ausência de dislipidemia foi definida pelos marcadores bioquímicos obtidos por meio de coleta sanguínea após 12 horas de jejum. Os dados foram analisados com medidas de frequência e percentual, além do teste de qui-quadrado (X²) de Pearson (p <0,05). Constatou-se que dentre os 182 usuários, 102 eram dislipidêmicos e a minoria não usava estatinas. As mulheres apresentaram valores significativamente maiores de colesterol total (218,0 mg/dL), colesterol HDL (58,7 mg/dL) e colesterol LDL (125,9 mg/dL) em relação aos homens (194,8 mg/dL; 51,8 mg/dL;110,6 mg/dL, respectivamente). Não houve diferenças significativas quanto à faixa etária, gênero, presença de doença crônica não transmissível e presença de dislipidemias (p=0,59), no entanto, relacionando o uso ou não de estatinas e dislipidemia foi obtido (p=0,04). Com a evidência das dislipidemias, os profissionais deverão planejar estratégias de educação e saúde para melhor orientar os usuários, uma vez que, este fator de risco para doenças cardiovasculares pode ser controlado garantindo assim uma melhor sobrevida.