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A escassez hídrica é um problema que limita o desenvolvimento socioeconômico como fonte
de conflitos entre as comunidades humanas. O abastecimento de água torna-se uma questão
de natureza multidimensional nos dias atuais, envolvendo desafios com os fenômenos sociais
e ambientais, tais como: o crescimento populacional, a urbanização, a variabilidade climática
e o gerenciamento sustentável de bacias hidrográficas. A bacia do rio Paraíba encontra-se em
uma das áreas mais secas do Brasil, do ponto de vista hídrico apresenta grande importância
para o Estado por se tratar de um recurso indispensável ao desenvolvimento de qualquer
região. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo central avaliar a situação
socioeconômica e hídrica dos municípios que fazem parte do Alto Curso da bacia rio Paraíba.
Segundo dados do IBGE (2010) – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - os
municípios apresentam um panorama de evolução do grau de urbanização com índice de
61,82%, e densidade demográfica relativamente baixa, com índice de 15,90 hab/Km2. O PIB
per capita foi de R$ 93.567,48 comparado com o ano de 2000, indicando um crescimento de
320,46% no período. O PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento –
criou o IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – para avaliar os níveis
socioeconômicos dos municípios, na região estudada o IDHM é de 0,602, sendo considerado
de médio desenvolvimento. O potencial hídrico, responsável pela formação e manutenção dos rios,
lagoas, açudes e sistema de drenagem, é efetivamente de 402.452.032 m³ ano-1, o que
corresponde a 8% do total precipitado (5.030.650.399 m³ ano-1). A redução na disponibilidade
de água pluvial, na ordem de 39.038 m³ ano-1 hab-1, para 3.123 m³ ano-1 hab-1 evidencia a
interferência das adversidades climáticas na instabilidade e insegurança hídrica da bacia.
Segundo Lopes (2008) a média de evapotranspiração de referência para a bacia do Alto Curso do rio Paraíba é de 1.682,60 mm ano-1, juntamente com uma média de chuvas na ordem de
599,8 mm, ratificando o cenário de enorme déficit na disponibilidade hídrica, sendo 2,8 vezes
maior do que é reposto em médias pelas precipitações pluviais na bacia. |
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