Resumo:
A violência no trânsito é um problema de saúde pública de dimensão humana e material. Em todo mundo morrem cerca de 1,2 milhão de pessoas vítimas dos acidentes de trânsito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima as perdas anuais ultrapassem US$ 500 bilhões devido aos acidentes de trânsito. No Brasil, o número de mortos e feridos graves ultrapassa 150 mil pessoas. A presente pesquisa objetivou estudar o gasto público em acidentes automobilístico por partes dos motociclistas envolvendo o consumo de bebidas alcoólicas. Tratou-se de pesquisa quantitativa, de cunho descritivo e exploratório realizada no período de agosto de 2014 a julho de 2015, utilizando como fonte de dados prontuários do ano de 2013 de um hospital público de referência para acidentados no município de Campina Grande-PB. Foram incluídos os acidentados envolvidos em acidentes automobilísticos e, que tenham ingerido bebida alcóolica. Os custos foram anotados e analisados por meio do software Excel©. Foram excluídos do estudo os demais prontuários, que não atenderem aos critérios de inclusão. O presente estudo minimiza a reduzida literatura científica acerca de gasto público com motociclistas alcoolizados acidentado. Durante a análise se quantificou o número de 10064 entradas, sendo o mês com menor número de entradas outubro (652) e o de maior dezembro (987) e média geral de 839 entradas mensal. O gasto total com acidentados no valor de R$ 110.596,40 com média de R$25,00 por paciente. O gasto total com pacientes em ambulatório de R$ 61.541,65 com média de R$ 14,28 por paciente. O gasto total com internação de R$ 49.054,75 com média de R$ 527,47 por paciente. Em relação ao sexo dos motociclistas prevaleceu o sexo masculino (85,74%). Já com relação a ingestão de álcool, 90,84% dos prontuários não constava o registro. Em relação a cidade, os atendidos, eram provenientes de Campina Grande (45,68%), a maior faixa etária dos pacientes 21 a 30 anos (29,24%), já o maior percentual de diagnóstico dos pacientes atendidos no ambulatório “politrauma” (32,94%) e a ocupação médica mais requisitada no ambulatório a de “Cirurgião Geral” (43,16%). Diante dos resultados foi possível perceber que corroboram com estudos semelhantes realizados em outras cidades. Os dados deste estudo devem ser amplamente divulgados, firmando a ideia de necessidade de continuidade dos estudos. Fazem-se necessários estudos subsequentes no mesmo hospital.
Descrição:
LIMA, M. V. P. Gasto público com acidentados de moto no ano de 2013 em hospital de referência de Campina Grande – PB. 2016. 26f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.