Influência da fadiga ocupacional na capacidade para o trabalho de professores de uma IES pública

Abstract

O professor universitário está cada vez mais sujeito a longas jornadas de trabalho, implicando em um aumento do ritmo de trabalho, gerando sobrecarga e aumento da responsabilidade. Diante disso, verifica-se a ocorrência de repercussões diretamente relacionadas com a saúde dos professores. Além das doenças musculoesqueléticas, desgastes relacionados à voz, verifica-se a ocorrência de fadiga física e mental repercutindo sobre a relação saúde e capacidade para o trabalho. Portanto, o objetivo deste estudo é verificar a influência da fadiga ocupacional na capacidade para o trabalho de professores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) de uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública. Trata-se de um estudo transversal de caráter descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com 89 professores de 6 cursos do CCBS de uma IES da cidade de Campina Grande/PB. Os mesmos foram entrevistados utilizando um Questionário de Características Sociodemográficas e Laborais, o questionário de Índice de Capacidade para o Trabalho e o Questionário de Fadiga. Os dados foram analisados através da estatística descritiva e inferencial. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UEPB, n de CAEE 0352.0.133/2012. Verificou-se que a maioria dos docentes é do sexo feminino (59,6%), na faixa etária de 40 a 49 anos (40,4%), exercendo atividades laborais por mais de um turno (96,6%) e com média de 19,529,73 anos de trabalho. A maioria (70,8%) apresentava boa capacidade para o trabalho. Considerando o nível de fadiga, obteve-se uma média do escore total de 63,4715,06, variando de 34 a 105. Conclui-se que os docentes que compõem a amostra apresentaram uma boa capacidade para o trabalho e um moderado nível referido de fadiga e, de acordo com os testes de correlação, à medida que aumenta a presença da fadiga, diminui-se a capacidade para o trabalho.