Qualidade de vida de professores do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública

Abstract

Introdução: Os professores é uma das categorias profissionais que mais tem sofrido mudanças devido à intensificação do seu ritmo de trabalho associado às condições de precariedade em que tem sido executado, o que pode levar ao estresse, com repercussões sobre a saúde física e mental e, em muitos casos, com impactos no desempenho profissional, podendo contribuir assim para o agravo da saúde e, posteriormente, o declínio a qualidade de vida dos mesmos. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos professores do ensino fundamental de uma escola da rede pública da cidade de Campina Grande/PB. Métodos: O estudo foi realizado com uma amostra de 26 professores. A qualidade de vida foi identificada a partir de um questionário sociodemográfico, do SF-36, do Questionário Nórdico e do Inventário de Depressão de Beck. Esse estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da UEPB sob número de CAEE 37458914.3.0000.5187. Resultados: Observou-se a prevalência de docentes do sexo feminino (69,6%), com cônjuge (60,9%). Com relação ao nível de escolaridade, a maioria dos docentes apresentou apenas graduação (56,5%). O maior comprometimento de dor musculoesquelética encontrado nos docentes entrevistados, foram nos membros inferiores (34,8%) e na coluna (47,8%), e 34,8% dos docentes entrevistados relataram algum tipo de afastamento por queixa de dor em algum dos segmentos. O estudo apresentou 5,35% dos professores com algum indicativo de depressão. Quanto à qualidade de vida, constatou-se um escore mínimo de 56,043 para “Estado geral de saúde” e o máximo de 84,384 para o domínio “Capacidade funcional”, sendo o domínio “limitações por aspectos físicos” o mais afetado quando comparado dor com diminuição da qualidade de vida. Concluiu-se que houve uma depreciação da qualidade de vida dos docentes que relataram queixas sobre dores, principalmente nas costas, nos últimos 12 meses. Constata-se haver comprometimento de todos os domínios do SF-36, pois o valor máximo encontrado foi de 84,384, enquanto que o valor de referência máxima para a qualidade de vida deveria ser 100 pontos. Pode-se inferir que a sintomatologia dolorosa e depressiva contribuem para uma redução da qualidade de vida do docente estudado.