Resumo:
Com os estudos recentes sobre a percepção da dor nas crianças, entendeu-se que ela é vivenciada mesmo por aquelas que ainda não tem capacidade cognitiva para verbalizar. Por ter sido considerada um dos sinais vitais, a dor deve ser avaliada junto dos demais sinais e com objetos específicos que sejam capazes de tonar algo antes subjetivo, em um dado quantificável e assim tratá-la adequadamente. As escalas de mensuração da dor pediátrica apresentam como critérios os aspectos comportamentais, fisiológicos ou ambos, favorecendo um resultado fidedigno e contribuindo para o tratamento eficaz. Essa realidade de adequação proposta, ainda é pouco desenvolvida nos serviços de saúde, ocasionando uma inadequação do tratamento farmacológico e o prolongamento a sensação dolorosa desses pacientes. Os analgésicos não opióides, principalmente os anti-inflamatórios não esteroidais (AINE), são os fármacos de escolha para o tratamento da dor em crianças. A dipirona sódica é o medicamento mais prescrito para a analgesia e atua bloqueando a síntese de prostaglandina e diminuindo a passagem de impulso doloroso, reduzindo a chegada desses impulsos ao córtex central. Este trabalho teve como objetivo avaliar a dor após o uso de uma escala unidirecional de mensuração, aplicada na clinica pediátrica de um Hospital Filantrópico entre os meses de agosto de 2013 a março de 2015. Os resultados obtidos mostraram uma tendência predominante da não avaliação da queixa dolorosa pela equipe multiprofissional, o que ocasionou um tratamento ineficaz para alguns níveis de intensidade da dor, corroborando tanto para a insatisfação do paciente com o seu tratamento, quanto para uma vivencia mais prolongada da dor e todos os aspectos deletérios para a saúde da criança vindos dela. Com a divulgação dos resultados desse estudo, busca-se a conscientização da equipe multiprofissional acerca da importância da avaliação adequada para o tratamento da dor pediátrica, diferenciar um tratamento baseado em protocolos institucionais e comodismo profissional, de uma terapêutica efetiva e qualificada que proporcione o alívio da dor, redução das possíveis complicações clínicas causadas por medicamentos e dosagens inadequadas e diminuição de diversos aspectos que podem comprometer a qualidade de vida das crianças.
Descrição:
C. L. G. da. Resultado da avaliação da dor após o uso de escalas de mensuração aplicadas na Clínica pediátrica de um hospital filantrópico. 2015. 37f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2015.