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O pênfigo vulgar, patologia autoimune de frequência crescente, caracteriza-se por afetar de maneira mais prevalente brancos, entre a trigésima e quinta décadas de vida, ter predileção pelo sexo feminino e ser, em alguns casos, potencialmente fatal. Sua repercussão clínica é observada em pele e mucosas e é manifestada por meio de lesões bolhosas, friáveis, com conteúdo purulento e/ou sanguinolento, que, ao se romperem, geram dor e desconforto. Na pele, a maioria das lesões já se apresentam ulceradas. Na cavidade bucal, local onde as primeiras alterações podem ocorrer, também é encontrado o mesmo padrão clínico das lesões em pele, destacando a mucosa jugal e palato, como sendo os locais mais frequentemente afetados pelas lesões, além da ocorrência de gengivite descamativa. O tratamento consiste na corticoterapia e/ou imunossupressores e do acompanhamento odontológico, melhorando as condições de saúde bucal, geral e psicológica do paciente. Este trabalho visou apresentar um caso clínico de pênfigo vulgar com repercussão em mucosa bucal e pele de paciente do sexo feminino, 38 anos e sem histórico familiar de doença autoimune, no qual, após o diagnóstico, realizado por meio de manobras semiotécnicas e exame anatomopatológico, a paciente foi medicada com corticosteróides tópico e sistêmico e encaminhada para tratamento periodontal e avaliação dermatológica. Após um ano de tratamento odontológico, verificou-se melhora nas lesões bucais, persistindo o quadro de gengivite descamativa. O caso clínico também destaca a importância da multidisciplinaridade entre a Odontologia e a Dermatologia para estabilização do quadro e consequente melhora da qualidade de vida do paciente. |
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