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A presente pesquisa buscou avaliar a condição de saúde bucal das mulheres sob privação de liberdade da Unidade Prisional Feminina no Complexo Penitenciário do Serrotão, Campina Grande-PB. A amostra foi composta por mulheres predominantemente jovens (60,9%), com baixo nível de escolaridade (79,7%), sem companheiro (57,8%), que se encontravam empregadas no momento da prisão (75%) e já haviam sido sentenciadas no momento da pesquisa (56,3%); quanto ao uso de drogas lícitas e ilícitas, a grande maioria relatou fazer uso do tabaco (81,3%) e metade da amostra afirmou já ter utilizado drogas ilícitas. A média do índice CPO-D foi bastante elevada (18,11), tendo o componente cariado, sido o que mais influenciou com este valor, com média de 11,25; a maioria das mulheres mostrou-se insatisfeita com a aparência de seus dentes e boca (65,6%), classificando-a como ruim (46,9%). A dor dentária foi bastante prevalente, especialmente nos últimos seis meses, envolvendo 66,7% daquelas que já havia sentido dor de dente na vida. Quanto à severidade da dor, 31,6% a descreveram como sendo intolerável. A maior parte das reeducandas havia procurado o serviço odontológico há menos de um ano para realização de tratamento restaurador, dentro da unidade prisional. Diante destes achados, torna-se evidente a necessidade de atenção à saúde bucal dentro da referida unidade prisional feminina, não apenas envolvendo tratamentos curativos, mas, especialmente, com ações de promoção e prevenção à saúde. |
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