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As condições de saúde bucal de crianças hospitalizadas são preocupantes em virtude do aumento da suscetibilidade de problemas bucais devido ao período de internação. O presente estudo avaliou as alterações estomatológicas e as condições periodontais de 51 pacientes, com idade entre 02 aos 17 anos, internadas no Hospital Municipal da Criança e do Adolescente – Dr. Severino Bezerra de Carvalho, na cidade de Campina Grande/PB. O estudo foi do tipo clínico, transversal, quantitativo, descritivo-analítico e sob metodologia preconizada pela Organização Mundial de Saúde. Os dados foram coletados em duas etapas, sendo a primeira um formulário e a última um exame clínico. O formulário foi composto por questões fechadas, dicotômicas ou de múltipla escolha, aplicado ao responsável da criança hospitalizada. O exame clínico bucal foi realizado no próprio ambiente hospitalar, sob luz natural, utilizando espelho bucal e a sonda da Organização Mundial de Saúde, visando detectar a presença de sangramento gengival por meio do índice de Sangramento Gengival (ISG) e alterações de mucosa bucal. Os dados foram armazenados e processados no Google Spreadsheet, sendo submetidos à análise descritiva. Em relação à idade e ao sexo, 51% da amostra era do sexo masculino com idade entre 2 a 5 anos. Quanto à visita ao dentista, mais da metade das crianças 58,8% já haviam visitado o dentista. No tocante a higiene bucal e frequência de escovação, 98% afirmaram que escovavam os dentes. Em relação à frequência de escovação 36% relataram escovar duas vezes ao dia. Sobre a higienização no hospital, 43,1% afirmaram que não higienizavam, além disso, 98% das crianças internadas não recebiam orientação de higienização bucal no hospital. De acordo com as doenças diagnosticadas e o tempo de internação 57,5% das crianças e adolescentes estavam acometidas de doenças respiratórias e o tempo de internação mais prevalente foi de dois dias (31,4%). Os resultados revelaram um número elevado de pacientes acometidos por algum tipo de alteração bucal 64,7%, a língua foi o local mais atingido (63,4%), com alterações do tipo saburrosa 54,8%. Em relação ao ISG observou-se que a maioria (66,7%) das crianças apresentou sangramento gengival. Considerando a ausência de informação sobre higiene bucal no âmbito hospitalar conclui-se necessário a implantação de programas preventivos para melhoria da saúde bucal das crianças e adolescentes hospitalizados. |
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