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A saúde bucal está entre os aspectos fisiológicos de grande importância para o crescimento e desenvolvimento infantil. A internação hospitalar representa um momento de cuidado específico e singular, tendo em vista que a cavidade bucal é um nicho de proliferação bacteriana, com os mais diversos substratos que podem desencadear não só problemas buca is, como sistêmicos. Este trabalho objetivou avaliar o cpo-d/ceo-d e hábitos parafuncionais em pacientes internadas no Hospital Municipal da Criança e do Adolescente Dr. Severino Bezerra de Carvalho - Campina Grande – Paraíba. O presente estudo foi do tipo clínico, transversal, quantitativo, descritivo-analítico contendo um formulário específico, composto por questões fechadas, dicotômicas ou de múltipla escolha aplicadas junto ao responsável do paciente hospitalizado, na faixa etária entre 2 e 17 anos. Foi realizado o exame físico intra bucal no próprio ambiente hospitalar, sob luz natural, utilizando espelho bucal e a sonda OMS, conforme a metodologia preconizada pela Organização Mundial da Saúde e pelo Manual do Examinador SBBRASIL 2012. Previamente à coleta de dados, o examinador forneceu os devidos esclarecimentos aos pacientes e responsáveis sobre a finalidade e a importância do estudo. Os dados foram armazenados e processados no Google Spreadsheet e submetidos à análise descritiva. Com relação à idade e ao sexo, 51% da amostra eram do sexo masculino com idade de 2 a 5 anos. Quanto à visita ao dentista, mais da metade das crianças 58,8% já haviam visitado o dentista. No tocante a higiene bucal e frequência de escovação, 98% afirmaram que escovavam os dentes e 36% relataram escovar duas vezes ao dia. Sobre a higienização no hospital, 43,1% afirmaram que não higienizavam, além disso, 98% das crianças internadas não recebiam orientação de higienização bucal no hospital. De acordo com as doenças diagnosticadas e o tempo de internação 57,5% das crianças e adolescentes estavam acometidas de doenças respiratórias e o tempo de internação mais prevalente foi de (02) dois dias (31,4%). Em relação à dificuldade em abrir a boca, 7,8% apresentaram dificuldade. Os resultados revelaram um número elevado de pacientes acometidos por algum tipo hábito parafuncional 82,35%. A onicofagiafoi o hábito de maior prevalência (26,1%), seguido do bruxismo com 19,3%. Grande parte (76,60%) dos pacientes examinados o CPO-D/Ceo-d foi diferente de (0) zero (ausência de dente cariado; perdido; extração indicada; obturado/restaurado). Considerando o período mínimo de internação, (31,4%) permaneciam internados por 02 dias. Portanto é necessária a participação do cirurgião dentista junto à equipe multidisciplinar no âmbito hospitalar, já que o mesmo tem conhecimento especifico, bem como a implantação de programas de promoção e prevenção de saúde bucal para melhoria da saúde bucal das crianças e adolescentes hospitalizados. |
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