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O presente trabalho tem o objetivo de apresentar pontos convergentes entre El Reverso de la
Conquista, de Miguel León Portilla, e Brevísima relación de la destruición de las Indias, de
Bartolomé de las Casas. Ambas as obras retratam as injustiças cometidas pelos espanhóis
durante a conquista da América Hispânica. Este estudo partirá dos antecedentes sociais,
políticos e econômicos da Espanha no século XVI, explorará as possíveis relações
interdisciplinares que podem ser estabelecidas entre literatura e história, contemplará a
expressão literária como um elemento de denúncia contra as atrocidades cometidas pelos
conquistadores e também como uma forma de defesa dos indígenas. Procuraremos relacionar
a visão dos índios e uma perspectiva estrangeira de quem presenciou os conflitos ocorridos
entre os espanhóis e os nativos da América naquele contexto sóciohistórico, bem como
refletiremos acerca de alguns temas comuns presentes nos referidos livros: a cobiça e a tirania
dos espanhóis, o impacto dos cavalos, o poder de destruição dos cães, a “Noite triste”, a
criatividade nas torturas, a imagem dos povos originários como ovelhas, os testemunhos dos
traumas indígenas, a escravidão do índio e o apelo à justiça divina. |
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