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Estudos de etnobotânica evidenciam a existência de um grande acervo de plantas medicinais cujas propriedades são de conhecimento popular e permitem aos pesquisadores base para grandes conquistas na área de desenvolvimento de produtos farmacêuticos. Portanto, o estudo teve como objetivo realizar o resgate do conhecimento empírico sobre o uso de plantas medicinais pela comunidade rural do sitio Araticum/Lagoa Seca, PB.O estudo foi constituído por 62 indivíduos, compreendendo a faixa etária de 18 a 81 anos. Sendo aplicado um questionário semi-estruturado contemplando questões norteadoras referentes aos perfis socioeconômico, etnobotânico e as origens da vertente do conhecimento popular. Os dados foram analisados descritivamente, baseando-se na literatura especializada que fundamenta a temática do estudo. Verificou-se que a população detentora do conhecimento medicinal dos vegetais é constituída em sua maioria por homens, com faixa etária entre 18 a 31 anos, tendo escolaridade fundamental incompleta. Foram identificadas 41 espécies, distribuídas em 28 famílias botânicas, sendo as mais representativas a Rutaceae, Acanthaceae, Myrtaceae. As espécies com maior valor de uso foram o capim-cidreira (Cymbopogon citratus, IR = 1,53); erva cidreira (Lippia alba, IR = 1,53) e hortelã da folha miúda (Mentha piperita, IR1,38), Constatou-se 49 citações para desordens do aperelho digestivo, prevalecendo a dor de barriga como a categoria mais citada (0,85) entre os informantes, sendo a folha (4,7) a parte mais utilizada na forma de chá (42,6%). Portanto, os entrevistados são detentores de informações acerca do uso das plantas, fato esse comprovado pela miscelânea de indicação de uso de plantas para os mais diversos tratamentos, e que os mais jovens demonstram interesse em assimilar as informações sobre as espécies e as suas diferentes formas de utilização. |
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