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Spinoza concebe a Substância como sendo um algo imanente. Este trabalho tem por objetivo analisar a existência da Substância, ou seja, Deus, tendo por base as proposições escritas na obra do filósofo holandês, a Ethica Ordine Geometrico Demonstrata, não deixando de perpassar por outros de seus escritos. Spinoza inicia com a definição de causa sui, “por causa de si compreendo aquilo cuja essência envolve a existência...”, esta é a principal base para o nosso entendimento de que Deus, até o momento não citado na obra, é um ser incriado por outra substância. Neste caso, remete-nos à outra definição, a de Substância, que Spinoza trata como sendo aquilo cujo conceito não exige o conceito de outra coisa da qual deva ser formado. Até chegarmos à definição de Deus, passaremos pelas definições de Atributo e Modo. O primeiro sendo o que nosso intelecto percebe o que constitui a sua essência e o segundo como sendo as afecções de uma substância. Logo a Natura naturans, isto é Deus, é uma substância que consiste de infinitos atributos nos quais cada um exprime uma essência eterna e infinita. Spinoza complementa esta definição com a afirmativa de que além da constituição por infinitos atributos dos quais exprimem uma essência eterna e infinita, Deus existe necessariamente. É por este caminho trilhado na Ética e em outros textos que pretendemos mostrar, a luz spinozana, a existência de Deus sive natura: Deus, Substância, ou seja, a Natureza. |
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