Resumo:
O abandono terapêutico frequente tem provocado entre estudiosos da área um novo olhar ao observar o movimento da clínica, fazendo-os analisar o que ocasiona tal interrupção. Partindo dessa premissa, objetivou-se no presente estudo, observar o nível de abandono terapêutico na Clínica-escola da UEPB, através do olhar psicanalítico. Na psicanalíse considera-se que tudo que atrapalha o processo terapêutico é considerado resistência. Observar como isto se desenvolve na instituição é de suma importância, uma vez que a resistência pode desencadear o abandono terapêutico que o consideramos como a saída de um paciente da terapia sem concordância do terapeuta e sem que o tratamento tenha ocasionado qualquer mudança. Assim, o abandono prejudica o paciente como também o terapeuta. Na dinâmica terapêutica a transferência desempenha um papel fundamental para o processo da resistência e em seu manejo. Para o presente estudo foi utilizado o levantamento das fichas do arquivo de desistências da clinica-escola de psicologia da UEPB, entre Janeiro de 2014 até abril de 2015. No que diz respeito às análises, foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para sistematização e análise dos dados recolhidos, condizentes com os seguintes itens: área teórica, motivo da desistência, sessões realizadas e os dados sociodemográficos, como sexo, idade e queixa. Os resultados demonstraram que a psicanálise é a abordagem com maior índice de desistências nesse período. Foram notórias algumas observações acerca de como está sendo utilizada a psicanálise na instituição. Finalmente importa ressaltar a relevância de se estudar com afinco o processo da resistência.
Descrição:
MENDES, M. L. C. O abandono de tratamento psicoterápico: Uma visão psicanalítica. 2015. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2015.