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O presente trabalho é fruto de uma pesquisa realizada na Iniciação Científica – (Pibic) (UEPB/CNPq), e tem como foco mostrar como a mulher artista é representada na escrita de autoria feminina contemporânea. Procuramos compreender como se dá a relação entre mulher e arte nos seguintes romances: O quarto fechado, de Lya Luft, (2004), e As horas nuas (1989), de Lygia Fagundes Telles (1989). Objetivamos investigar não só como ocorre a construção da mulher enquanto artista dentro dos romances, mas qual é o lugar que essa ocupa em uma sociedade burguesa que procura fixar, rigidamente, os papéis sociais para homens e mulheres. Como lastro teórico, pautamo-nos em duas perspectivas. A primeira centra-se nos estudos de gênero e da Mulher, conforme as orientações de Xavier (1991; 1999), Pinto (1997), Möhrmann (1985), Simioni (2007). A segunda pauta-se nas reflexões acerca do Künstlerroman, isto é, narrativas cujo protagonista é um/a artista ou cujo enredo gira em torno do processo de criação artística. Nessa discussão, apoiamo-nos no estudo pioneiro desenvolvido por Campello (2003). Como resultado, nossa análise mostra que os romances em pauta apontam que a paixão das protagonistas pela arte está acima de qualquer outra paixão feminina, o que traz sérias implicações para a mulher e para a artista, como se o exercício artístico fosse inconciliável com outras demandas impostas ao feminino por uma cultura patriarcal. |
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