Resumo:
Este artigo faz uma análise comparatista entre as literaturas Portuguesa e Africana,
levando em consideração as cantigas trovadorescas, sobretudo uma das Cantigas
de Amigo de D. Dinis e o poema Canto obscuro às raízes de Conceição de Lima,
poetisa são-tomense. Assim, analisamos a subjetividade presente nos textos
literários, defendendo a hipótese de que a literatura representa os receios e anseios
dos que se encontram arraigados e dos que partem da terra natal, o abandono e a
diáspora externam a desilusão de eu-líricos que sofrem pela perda do amor
incondicional e pela busca da origem identitária. Analisam-se também, para compor
o escopo deste artigo, as noções preliminares de Literatura Canônica na época
medieval quando a poesia trovadoresca aflora, e a importância da oralidade na
constituição da Literatura Africana, ressaltando-se a atuação dos griots, contadores
de histórias que desempenham importante função social em suas comunidades.
Para tanto apoiamo-nos teoricamente em: Moisés (1966, 1984, 2006), Pignatari
(2005), Melo (2009) e Medeiros (2013).
Descrição:
PEREIRA NETO, F. C. Das raízes à diáspora: trovador e Griot entre amor e sofrimento. 2016. 22f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2017.