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O amendoim (Arachis hypogaea L.) pertencente à família Leguminosae é uma das oleaginosas subtropicais mais
cultivadas no mundo. A sua importância econômica está relacionada ao fato de suas sementes poderem ser
utilizadas diretamente na alimentação humana, nas indústrias de conservantes, confeitarias, oleoquímica e no
biodiesel. Mediante sua importância, o cultivo de tecidos in vitro torna-se uma técnica importante, visto que
seleciona plantas sadias e geneticamente superiores. Uma alternativa in vitro, é a multiplicação de plantas via
embriogênese somática, cuja principal vantagem é a possibilidade de armazenamento dos propágulos por um
longo prazo através da criopreservação. No entanto, essa técnica necessita de protocolos bem estabelecidos e de
investigações acerca do controle de variáveis determinadas por fatores genéticos, estado fisiológico do explante e
pelo efeito do meio sobre fatores endógenos. Nesse caso, o uso da espectroscopia no infravermelho próximo
(NIR) poderá emergir como uma importante ferramenta para estudos acerca desse processo, pois permite realizar
análises de forma não destrutiva, num curto período e sem uso de reagentes. Dessa forma, o objetivo deste
trabalho foi induzir a embriogênese somática e caracterizar perfis proteicos de sementes, embriões zigóticos (EZ)
e embriões somáticos (ES) de amendoim através da espectroscopia NIR. Para indução da embriogênese somática
foi utilizado o meio MS (MURASHIGE e SKOOG) suplementado com vitaminas do meio B5, sacarose, gelrite e
diferentes concentrações do 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D). As culturas foram transferidas para sala de
crescimento onde permaneceram no escuro e com temperatura de 25±2ºC. Após 30 dias observou-se o número
de ES por explantes. As medidas de reflectância foram realizadas de maneira não destrutiva com espectrômetro
VIS-NIR modelo XDS Analyser na região de 400 a 2500 nm. Os espectros foram avaliados por análise de
componentes principais (PCA) na região de 1100 a 2500 nm e nas regiões de 1300 a 2300 nm que são atribuídas
a presença de ligações N–H nas proteínas. Os resultados do número médio de ES foram transformados em
1+x , e submetidos à análise de variância e de regressão polinomial. O padrão de comportamento ajustou-se em
um modelo polinomial quadrático, obtendo-se a concentração máxima de 34,4 mg.L-1 do 2,4-D para produzir em
média 2,14 ES. A variância explicada na análise de PC1 x PC2 foi de 98%, com separação dos escores das
amostras de sementes, dos EZ e ES provenientes dos tratamentos com 2,4-D, enquanto que a variância nas
regiões de 1300 a 2300 nm foi de 99%. Quando comparado os EZ, explantes com e sem ES, a variância na
análise de PC1 x PC2 e nas regiões atribuídas a proteínas em ambos foi de 98%. Dessa forma, a representação
gráfica dos escores possibilitou a analise proteômica em sementes, EZ e ES de amendoim, e a estratégia
desenvolvida permitiu reduzir o tempo das observações sem destruir as amostras. |
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