Resumo:
Este trabalho tem como objetivo uma leitura das obras A cor da ternura e Felicidade não tem cor quanto às questões étnico-raciais nelas representadas. Em diversas áreas da sociedade atual nos deparamos com ações racistas e excludentes, que surgem como entraves ao negro em nosso país, e no espaço escolar não é diferente. Enquanto uma forma de discurso presente na sociedade, a literatura não tem ficado aquém destas discussões. De alguma forma, o texto literário acaba por ajudar a tornar claros problemas relativos à vida, por meio de uma linguagem figurada e emocional cujas imagens iluminam essa complexa relação entre mundo ficcional e mundo real. O foco está em compreender como nestas duas narrativas estão postas questões em torno do negro. Isso porque os preconceitos enfrentados pelos negros na sociedade brasileira tem gerado uma falta de aceitação das crianças por serem negras, motivando, assim, causando no decorrer de sua vida. Para esse trabalho, adotamos o método comparativo, possibilitando uma leitura de ambas as obras, com apoio de um referencial teórico voltado para as questões de literatura, ensino, etnia negra e sociedade. A ênfase está em verificar o quanto a literatura educa e consiste num espaço de discussão sobre as relações étnico-raciais e que a partir desta é possível empreender discussões na escola, sobre a cultura afro-brasileira e as relações raciais no contexto da diversidade no sentido de empreender discussões sobre o preconceito, a discriminação, as diferenças numa perspectiva antirracista que vise a promoção da igualdade racial. Este estudo tem como fundamentação teórica as pesquisas de Nogueira (2002), Carneiro (2003), Oliveira (2000), dentre outros.
Descrição:
FERNANDES, F. S. Questões étnico-raciais no contexto narrativo das obras "A cor da ternura" e "A felicidade não tem cor". 2016. 16f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2017.