Resumo:
O Brasil enfrenta dificuldades com relação à disponibilidade de água e energia. Isso ressalta a importância do tratamento de efluentes e do desenvolvimento de energias alternativas. O baixo investimento do país em saneamento básico tem feito com que quase 60% dos esgotos domésticos sejam lançados sem tratamento, o que acarreta em imensuráveis prejuízos para os corpos hídricos superficiais. A proporção tratada nem sempre é fiscalizada, podendo ou não estar de acordo com os padrões de lançamento. Para minimizar essas dificuldades, surgem as microalgas, com sua capacidade de assimilar compostos de difícil remoção, como nitrogênio, fósforo e metais pesados. Isso destaca seu potencial para biorremediação de efluentes, junto a consequente produção de biomassa que pode ser utilizada para a fabricação de produtos com valor agregado, como os biocombustíveis. Estes se consolidam como os futuros substitutos do petróleo, com a vantagem de serem renováveis, onde a utilização da biomassa microalgal para sua produção apresenta diversos benefícios, como a mitigação das emissões de CO 2, já que elas possuem maior eficiência fotossintética que as culturas terrestres, além da possibilidade de serem cultivadas em terras não aráveis, o que evita conflitos com a produção alimentícia e gera oportunidades econômicas para o semiárido. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi analisar a potencialidade das microalgas para biorremediação de águas residuárias e obtenção de biocombustíveis, onde foi corroborada, através de revisão de literatura, a eficiência desses microrganismos para absorção de contaminantes e a viabilidade da utilização de sua biomassa para geração de energia e produtos bioquímicos sustentáveis.
Descrição:
LOPES, T. S. de A. Estudo da potencialidade de biorremediação e produção de biocombustíveis a partir das microalgas. 2017. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.