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O amendoim (Arachis hypogaea) é uma lavoura muito importante para o setor alimentício e oleoquímico. Por ser uma oleaginosa, contudo, as condições de armazenamento são fatores imprescindíveis para que se tenha um produto de qualidade, nos aspectos intrínsecos e extrínsecos, especialmente porque essas características variam entre genótipos, tempo de armazenamento e condições ambientais. O processo de rancificação das sementes, que ocorre na maioria das oleaginosas, engloba alterações físicas, fisiológicas, químicas e bioquímicas, podendo levar a perda total da viabilidade e do vigor. Em se tratando de leguminosas, a viabilidade das sementes depende também da forma em que o produto é armazenado, sendo frequentemente maior quando se armazena nas vagens. Considerando-se esses aspectos, no presente trabalho foi avaliada a viabilidade germinativa e oleica de sementes de amendoim ereto e rasteiro, em função do tempo de armazenamento. Sementes recém-colhidas (10% de umidade) dos genótipos BR 1, Cavalo, IAC Caiapó, Florunner, LGoPE-06, LViPE-06 e L7 Bege, acondicionadas em vagens durante 5 meses em sacos de papel, em temperatura ambiente (± 24 °C) foram utilizadas para o estudo. Durante dois meses consecutivos, foram realizadas analises fisiológicas e do óleo, esse último estimado via RMN. Os ensaios de germinação foram conduzidos em caixas gerbox e as sementes foram postas sob papel germitest, incubadas em câmara de germinação (BOD) por 7 dias. Baseados nos resultados obtidos, verificou-se que apenas as rasteiras Cavalo, Florunner, LGoPE-06 e IAC Caiapó revelaram redução nos teores de óleo, na faixa de 7% a 24%. A germinação se manteve estável nos dois períodos estudados, com exceção da LGoPE-06 que sofreu redução de 29%, revelando-se um material que, apesar da excelente qualidade do óleo e grãos, tem limitação de armazenamento, mesmo em vagens, em temperatura ambiente. |
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